Outubro Rosa: tabagismo pode favorecer o desenvolvimento do câncer de mama em mulheres com menos de 44 anos

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Embora seja reconhecido como principal fator de risco para o câncer de pulmão, o tabagismo também está relacionado ao desenvolvimento do câncer de mama. Um estudo publicado no periódico científico Câncer, da Sociedade Americana do Câncer, comprovou a ligação entre o consumo do tabaco e o tipo mais comum de câncer de mama em mulheres jovens e mostrou o quanto é preciso discutir o assunto para evitar que o índice de mortalidade por causa desse mal aumente em todo o mundo.
No estudo, os pesquisadores concluíram que pacientes com menos de 44 anos de idade que fumam pelo menos um maço de cigarro por dia, há pelo menos dez anos, apresentam 60% maior de risco para o desenvolvimento de tumores com receptor hormonal estrogênio positivo, que representa em torno de 80% dos casos de câncer de mama.
O levantamento avaliou 778 pacientes diagnosticadas com essa subclassificação da doença, além de 182 mulheres com o tipo denominado triplo negativo. Elas foram acompanhadas durante seis anos tinham entre 20 e 44 anos de idade.
Para especialistas, o resultado da pesquisa é mais um forte argumento para que as mulheres evitem o tabaco, prevenindo não só o câncer de mama, mas também outras doenças associadas ao consumo exagerado da nicotina, como o cânceres de bexiga, pâncreas, pulmão, fígado, colo do útero, esôfago, rins, laringe, cavidade oral, faringe e de estômago.

Tabaco
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo é considerado uma doença pediátrica, pois 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. No Brasil, cerca de 430 pessoas morrem por por dia por causa da dependência a nicotina. O maior peso é dado pelo câncer, doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica. Ainda de acordo com o INCA, todos os anos sete milhões de mortes são causadas pelo tabagismo, e há um custo global em saúde e perda de produtividade para os governos de 1,4 trilhões de dólares.