Os juros do cartão de crédito rotativo atingiram 417,4% ao ano. Esse é o maior nível desde agosto de 2017, quando a taxa cobrada era de 428%. Os dados são de fevereiro e foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central. Com o nível atual, um consumidor que cair no rotativo com uma dívida no valor de R$ 1.000 terá que desembolsar R$ 4.174 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano.
De janeiro para fevereiro de 2023, a modalidade teve aumento de 6 pontos percentuais (p.p.). Nos últimos 12 meses, a variação foi de 62,2 p.p. De forma semelhante, os juros do cheque especial também atingiram o nível mais alto dos últimos três anos. No mês passado, a taxa cobrada nessa modalidade estava em 137,4% ao ano.
Ou seja, se um trabalhador pegar R$ 1.000 no cheque especial, a dívida será de R$ 1.340 após um ano. Em janeiro de 2020, os juros da categoria eram de 140,8% a.a. Em um mês, a taxa subiu 6,3 p.p. Se considerar o período de 12 meses, ela ficou mais cara em 4,9 p.p.
O rotativo do cartão e o cheque especial são as modalidades de crédito mais acessíveis em momentos de dificuldade, porque não exigem garantias do consumidor. Por causa disso, porém, são mais caras do mercado e devem ser usadas com cautela para não levar ao super endividamento.