Advogado confirma alto índice de violência contra as mulheres na cidade

Pará de Minas

A violência contra as mulheres continua devastadoramente generalizada e começa assustadoramente entre jovens, revelaram novos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros. Ao longo da vida, uma em cada três mulheres, cerca de 736 milhões, é submetida à violência física ou sexual por parte de seu parceiro, ou violência sexual por parte de um não parceiro – um número que permaneceu praticamente inalterado na última década.
Essa violência começa cedo: uma em cada quatro mulheres jovens (de 15 a 24 anos) que estiveram em um relacionamento já terá sofrido violência de seus parceiros por volta dos vinte e poucos anos. A violência praticada pelo parceiro é a forma de violência mais prevalente contra as mulheres em todo o mundo (afetando cerca de 641 milhões).
No entanto, 6% das mulheres em todo o mundo relatam ter sido abusadas sexualmente por alguém que não seja seu marido ou parceiro. Dados os altos níveis de estigma e subnotificação de abuso sexual, o número real provavelmente é significativamente mais alto. Pará de Minas não é diferente do resto do mundo, o índice de violência contra as mulheres continua aumentando conforme destaca o advogado Maurício Rodrigues Nogueira:


A violência em todas as suas formas pode ter um impacto na saúde e no bem-estar de uma mulher pelo resto de sua vida, mesmo muito depois de a violência ter acabado. Está associado ao aumento do risco de lesões, depressão, transtornos de ansiedade, gravidez não planejada, infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV, e muitos outros problemas de saúde. Isso tem impactos na sociedade como um todo e vem com custos enormes, impactando os orçamentos nacionais e o desenvolvimento geral.
A prevenção da violência exige o enfrentamento das desigualdades econômicas e sociais sistêmicas, garantindo o acesso à educação e ao trabalho seguro e mudando as normas e instituições discriminatórias de gênero. As intervenções bem-sucedidas também incluem estratégias que garantam que os serviços essenciais estejam disponíveis e acessíveis às sobreviventes, que apoiem as organizações de mulheres, desafiem as normas sociais injustas, reformem as leis discriminatórias e fortaleçam as respostas legais, entre outros.