Embora diversas cidades brasileiras já tenham legislações específicas para o descarte correto do óleo de fritura usado nas cozinhas dos restaurantes e nas frituras de salgados nas lanchonetes, não há um tempo exato estabelecido para a troca. No entanto, é preciso ficar atento a algumas características que indicam que o produto “passou do ponto” e não pode ser mais utilizado.
Isso porque o óleo usado mais do que o recomendado gera compostos que o transforma em uma substância perigosa para o consumo humano. Não à toa, a legislação aplica multas pesadas que podem chegar a R$ 6 mil e fechamento do estabelecimento.
Também é um sinal de que o óleo já venceu quando começa a produzir uma fumaça escura e cheiro forte fora do normal, redução do poder de fritura e, consequentemente, características na própria aparência do alimento.
Entre elas, uma cor escura ou aparência de murcha. A redação do jornal Diário tem recebido diversas reclamações de restaurantes e lanchonetes de Pará de Minas que estão utilizando o óleo mais do que o recomendado colocando em risco a saúde dos consumidores. A demanda foi encaminhada ao setor de fiscalização da Vigilância em Saúde.
A reportagem foi informada que as equipes da Vigilância em Saúde do município costumam ser acionadas para fiscalização após denúncias feitas aos serviços municipais de atendimento – geralmente no 3231-7722. O agente técnico vai até o local para averiguar as reais condições do material que está sendo utilizado.
Uma vez lá, o especialista analisa a quantidade de óleo, a aparência e há quanto tempo não é trocado. Os estabelecimentos precisam apresentar, antes de tudo, as licenças para operar. Ana Carolina Campolina, coordenadora da Vigilância em Saúde de Pará de Minas, tem mais informações sobre a fiscalização que é feita após denúncias:
Ana Carolina Campolina coordenadora da Vigilância em Saúde de Pará de Minas
Todo óleo usado mais do que o recomendado precisa ser descartado corretamente, e há legislações específicas para a correta destinação do produto – também gerando multas e até interdição do espaço. Algumas cidades brasileiras estabelecem que este serviço deve ser realizado gratuitamente por empresas especializadas.
Outro ponto de atenção é quanto ao armazenamento do óleo utilizado antes de ir para o descarte. Neste caso, a vigilância sanitária também verifica as condições de guarda do estabelecimento.
O óleo de soja, por exemplo, causa um dano ambiental grave se vazar para o exterior e, ainda mais, para a rede coletora de água. Um litro pode contaminar 25 mil litros de água. Denúncias devem ser feitas com o nome dos estabelecimentos que estão usando o óleo de fritura mais do que o recomendado na Vigilância em Saúde de Pará de Minas pelo telefone (37) 3231-7722.