Setembro Amarelo: A vida é a melhor escolha

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Setembro é conhecido como o mês de luta pela vida, onde temos o Setembro Amarelo, campanha voltada para a prevenção e redução dos casos de suicídio no país. O tema deste ano é “A vida é a melhor escolha”.

A campanha surgiu em 2015 por meio de três importantes entidades brasileiras: Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Desde então, a campanha é realizada anualmente em todo o país com ações em ambientes públicos e privados a fim de mobilizar o máximo de pessoas possível sobre a causa.

Suicídio no Brasil

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

Prevenção ao suicídio

A campanha Setembro Amarelo reforçou a discussão sobre o suicídio que, até então, era pouco debatida, seja no ambiente público ou privado. Não existe remédio ou vacina que vá livrar a pessoa de tirar a própria vida, mas há formas de cortar o mal pela raiz.

A medida preventiva mais eficaz é a educação/informação. Identificar as causas e as formas de ajudar um paciente com transtorno mental é fundamental para reduzir os índices nacionais e mundiais. Podemos ficar atentos ao comportamento da outra pessoa, como isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades que gostava, alterações no sono e apetite e descuido com a aparência. Após feito o diagnóstico, saiba como se comunicar com a pessoa. Falar com responsabilidade, da maneira correta, sem julgamentos e alinhada ao que orientam os profissionais de saúde.

Recorra a profissionais de saúde: CVV

Se você está sofrendo de algum transtorno mental e já pensou em tirar sua própria vida, procure ajuda profissional. Uma dica é o Centro de Valorização da Vida (CVV), organização não governamental que atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio de ligações telefonias, chat e pessoalmente. Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br.