Socorrista alerta: altas temperaturas aumentam o número de mortes por afogamento

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O forte calor desta época do ano é um convite às cachoeiras e rios. Mas as mortes por afogamento em Minas Gerais preocupam o Corpo de Bombeiros. Somente em janeiro, foram registrados 35 ocorrências, média de um caso por dia.


No mesmo período do ano passado, os militares atenderam 38 casos de afogamento. Fevereiro e março costumam ser meses alarmantes. Em 2022, foram registrados 120 e 141 casos nestes meses, respectivamente.
As estatísticas são cada vez mais preocupantes: 798 pessoas morreram afogadas em 2022, número 11% maior do que no ano anterior. Nos últimos cinco anos, dezembro e janeiro também registram números elevados de casos.
Um adolescente de 16 anos, natural de Capelinha, no norte de Minas, mas residente em Nova Serrana, morreu afogado no sábado, dia 16 de janeiro, em Furnastur, condomínio no município de Formiga, após caiaque em que estava virar. Segundo testemunhas, a vítima estava em um caiaque, quando o equipamento virou e ele afundou na água. O corpo foi localizado a 5 metros de profundidade.
Uma bebê de um ano morreu após cair em uma piscina dia (07), pela manhã na comunidade de Areias Brancas, em Nova Serrana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima é filha do casal que trabalha na propriedade. A criança foi retirada pelo pai que acionou pelo socorro mais infelizmente ela não resistiu.
O aumento do número de mortes por afogamento preocupa o Corpo de Bombeiros que inclusive já fez um alerta aos banhistas e principalmente aos pais que às vezes vão se refrescar em uma piscina, lagoa, rio, cachoeira ou na praia, para ficarem atentos com as crianças e nunca entrar na água sob efeito de bebidas alcóolicas. Os socorristas também estão preocupados com o sério problema.

Socorrista Cristiano Xavier Paulino


Nesta época do ano, com a ocorrência repentinas de chuvas, os banhistas devem estar atentos às chamadas cabeças d’água, conhecidas também como trombas d’água. Às vezes, as pessoas estão com a água no nível da cintura ou do joelho e acham que não há nenhum risco.
Porém, uma chuva forte pode cair na nascente e, em poucos minutos, elevar o nível da água e causar um aumento da correnteza, fazendo com que as pessoas fiquem presas naquele local, sem conseguir acessar um ponto seguro, sejam até mesmo levadas pelas águas, fazendo com que vários acidentes possam acontecer, até mesmo fatais.
Onde há criança, as atenções também devem ser redobradas e os pais e familiares devem ficar de olho o tempo todo e não se distrair. As crianças sempre acabam buscando a água de forma imediata, independentemente de estar com boia ou não. Por isso, os pais devem sempre estar muito próximos a essas crianças e utilizar todos os equipamentos necessários para que elas possam estar em segurança.
Vale lembrar também que além dos riscos de afogamento com o uso indiscriminado de bebidas alcoólicas, muitas vezes as pessoas ainda acabam tendo que usar os veículos para se deslocarem, colocando em risco não só a vida do motorista e passageiros, mas também de pedestres.
No carnaval, tome todos os cuidados possíveis para que você possa aproveitar a festa, curtir com os amigos, mas com sabedoria, voltando com segurança para sua casa. No caso de urgência e emergência o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193.